Desde o passado dia 5 de Janeiro que dois dirigentes associativos voluntários se encontram em greve de fome junto à Assembleia da República reivindicando a intervenção dos partidos políticos e do Governo no sentido do cumprimento do estipulado na Lei n.º 34/2003, de 22 de Agosto (reconhecimento e valorização do movimento associativo popular). Este dois dirigentes numa decisão pessoal entenderam que era tempo de tomar medidas mais “radicais” e tem passado os dias e as noites no cimo da Avenida Dom Carlos I, afirmando estarem preparados para ali permanecer até que sejam dadas garantias do cumprimento da Lei.

A ACCS solidariza-se com estes nossos colegas e apela a todos os dirigentes e activistas associativos, a todos os voluntários, que divulguem a iniciativa e acompanhem de perto o seu desenrolar.

A Direcção da Associação das Colectividades do Concelho do Seixal

Nota às Estruturas e Dirigentes Associativos e Voluntários de Portugal

Assunto: Dirigentes Associativos Voluntários e Benévolos em GREVE DE FOME

Exº/ª Senhor/ª

A Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura; Recreio e Desporto, foi surpreendida pela iniciativa de dois dos seus dirigentes - José Carneiro - Presidente do Conselho Fiscal e Fernando Vaz - Membro do Conselho Nacional que, às 18,00 do dia 5 de Janeiro de 2010, iniciaram uma GREVE DE FOME frente à Assembleia da República (ao cimo da Avenida D. Carlos I)

Estes dois colegas, dirigentes de longa data, exigem do Governo a definição e aplicação da Lei 34/2003 de 22 de Agosto; a resposta à proposta de apoio ao Movimento Associativo 2009/2012; a participação da Confederação no CES - Conselho Económico e Social, no CND - Conselho Nacional do Desporto, no CNPV - Conselho Nacional de Promoção do Voluntariado e exigem da Assembleia da República o agendamento e a discussão das propostas de lei apresentadas pela Confederação às quais, alguns partidos ainda não se dignaram, tão pouco, acusar recepção.

Esta situação que não poderá manter-se por tempo indefinido, carece de resposta e medidas imediatas por parte das entidades competentes, pelo que a Confederação apela que no mais curto espaço de tempo seja recebida e sejam dadas as garantias que o Movimento Associativo Popular, composto por mais de 17.000 Colectividades, 260.000 Dirigentes Voluntários e Benévolos e cerca de três milhões de associados, sejam ouvidas e tidas em conta as suas opiniões e reivindicações.

A Confederação solidariza-se com os seus colegas Dirigentes, responsabiliza as entidades que não correspondam a este apelo desesperado, mas justo e consciente dos nossos colegas e apela a todos os associativistas, a todos os voluntários e estruturas locais, regionais e nacionais que se solidarizem com os nossos colegas, apoiando-os no local e enviando apelos aos Órgãos de Poder político, nomeadamente ao Governo, à Assembleia da República e ao Presidente da República.

A Direcção da Confederação das Colectividades